sem título: sexo, política (sem religião)

Se o presidente desaparecer ¿a polícia esperaria o sumiço completar 24 horas para iniciar as buscas; – e seria tão bom, tão bom que muita gente prefere que o exército procure o chefe do executivo para dar o poder a quem de direito (¿os fins escusos estão claros ou preciso dizer mais?: república democrática dos testas-de-ferro, amém); tem gente que prefere procurar o filho perdido, a polícia nem entra na história, é só procurar debaixo da cama. Mas nem sempre eles estão lá... mesmo que seja o filho de outro alguém... :Depois dos assassinatos, só o encontraram passados três dias: trancado no porão, lendo um livro –desprezados o título e a editora pela investigadora de plantão – com uma lanterna sem pilhas na mão; ficou dois anos sem conseguir falar (e olha que criança gosta da coisa); quando voltou às palavras oralizadas foi internado num manicômio; lá conseguia se expressar, drogas pra relaxar... gozar?: nunca... mas às vezes ele lembra da oportunidade perdida: foi quando a filha da vizinha mostrou-lhe as coisinhas; essa é uma das poucas lembranças boas que carrega na “vida”: um fracasso que recorda com carinho “ficou duro e tudo, eu tinha seis anos, ela 5 e meio, mas não tinha como entrar, eu sabia que tinha de colocar lá, mas o dela não ficou como o meu: duro também; nunca entendi porque não saltou uma coisinha de lá, uma coisinha como a minha...(etc, etc, etc)”. A única “mulher” que conheceu, – porque às aulas de anatomia não chegou, ficou, ficou bem mais do que queria, merecia, devia (etc etc etc). Ao doutor ele ainda questiona – quando lhe vem as palavras mal formadas – por que ela não tem pipi? eu fiz certo em ir por trás, né doutor?