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segunda-feira, 6 de novembro de 2006
septuagesimus II
Se a vida não fosse tão difícil quanto ela é – e, sempre foi, – eu não teria chegado aos 70 anos. Passei a vida toda buscando vencer os desafios, só isso; até o dia em que meu netinho disse “vovó, qual é a coisa que você mais se orgulha?”, eu disse então, de pronto, “é de você, vocês todos, seu pai, sua mãe, seu tio, ...”, ahhh, vocês todos sabem o que pensei!. A resposta é sempre a mesma, e deve ser!, tem que ser!, também porque há uma teoria que a explica totalmente. Veja-se, Darwin provou que só vive aquele que evolui, aquele que supera o outro, aquele se adapta ao meio para comer e reproduzir-se; daí decorre o fato de que todas as espécies se comportam da mesma maneira se quiserem viver e desfrutar desse mundo; quiçá, até as bactérias de trato fino o façam. Enquanto respondia meu neto e contava a ele outra história daqueles tempos incríveis que não voltam mais, o gato preto perseguia sua irmã mais nova como que querendo debilitá-la - não só por meros instantes de brincadeira felina, mas sim feri-la para todo o sempre, dramaticamente - entre mordidas e arranhadas, numa sinfonia de miados-quase-grunhidos, em alta velocidade. Filhotes de outras ninhadas. Gerações diferentes de irmãos de mesmo sangue. Vendo e sentindo aquela cena, cada vez mais, pensei ter a certeza de deus em confirmação à minha resposta apresentada. Ora, o gato faria o raciocínio correto, se tivesse um, impecavelmente; ele judia, ele faz temer, quer a morte da outra; obviamente, querendo comer mais e melhor, para uma evolução feliz e gorda, bem lustra. Outro dia, meu filho mais velho, aquele primogênito famoso dos livros de machadinho, tentou me ensinar as regras da guerra. Meu caro, senhor, pouco importa. Mate o próximo se houver desacordo. Eis a regra implícita, velada quase que em sonho, nem se pensa nela, na maioria das vezes, para o bem certamente. Ninguém quer saber da morte, mas vai-se matando sem saber mesmo, sem temer o dia de amanhã, sem temer a deus e ao julgamento. A segunda regra, entretanto, é explícita, mais que declarada: a família deve ser exaltada, protegida, imposta, imperativa, certa e posposta. Nada mais nada menos. No mais., a gente vai vencendo os desafios, mandados as mesmas respostas para quem amamos.