sem título

A ficção se torna realidade; a narrativa se torna ciência: aumenta o poder, as pessoas mandam em suas próprias verdades, o fato acompanha a fé, – não que eu acredite na física quântica, mas eu gosto de acreditar, me traz conforto pensar que cada qual está em seu devido lugar de acordo com probabilidades “exatas”. As expressões matemáticas do possível parecem conclusivas, mas não para os relativistas, os céticos e os cristãos; não sejamos dramáticos, por favor, tudo tende para o sentido de que devemos ser otimistas, ora, está provado que mesmo se houvesse o extermínio de cem por cento das espécies deste planeta, a vida retornaria, – os átomos continuariam a se ligar, partículas de vida procurariam outras como elas, casam-se, seguem o catecismo, batizam crianças, o número não pára de aumentar, onde havia zero, hoje há zero menos um, – mesmo se a terra explodisse, cada pedacinho dela obedeceria o princípio da inércia: como que parada viajando pousaria em algum lugar, certamente o resultado disso é mais vida, mais vontade de viver. E por que tanto medo? Devemos ser otimistas, a morte é só um nome que damos, uma sensação, um fato que não ofende minha fé, os dogmas caem mas nós continuamos a acreditar, se não neles, nos novos que devemos criar, adaptar ou mesmo esquecer para o bem viver em sociedade.