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quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Boca do inferno. Boca maldita. Boca do brilho. Boca do lixo. As bocas dizem oi e viram a cara, parecem descontentes com os interlocutores, padecem; é fato: os lábios falam por todas as partes do corpo; deitados em camas apartadas, os olhos apenas lêem essas bocas; em que pese a distância, cada palavra está lá –entre os dentes. “um dia seremos ditas”. Lidas as palavras falam bem de si mesmas; são personagens reais no jornal semestral; pronomes com barba, cabelo e bigode pra disfarçar o nome. E conseguem.,. satisfatoriamente. Das bocas vem a inspiração e o som das vozes curitibanas, sempre abafadas, desinteressadas, geralmente dirigidas tão-somente ao colega mais próximo da repartição, “pega ladrão, pega ladrão”, “julgue-o excelência!”, “mate o traficante, absolva o presidente”, “phode velhinho; vem me comer”, – foda das antigas, com ph (bom demais); ph de parmácia. Então. Da descrita ortografia à construção sintática a seguir referida, um enorme ponto de interrogação. :Como a palmeira centenária da praça santos andrade, como a bilheteria do guaíra, como o andar décimo primeiro da reitoria, é a casa do velhinho: um jardim de árvores semimortas, aleijadas de suas copas, um lugar de solidão-acompanhada: amintas de barros com ubaldino do amaral, número 23: amigos reunidos à mesa – eles-aqueles lamentosos, consolam a mãe de filho morto, também pudera, no fundo da alma: nem todas as pessoas do mundo.., nem a luz divina, nem as mensagens de xico xavier, nem o suficiente, nem o universo, nem o parente amigo, .sob os ombros dele, além de minhas lágrimas, uma gigantesca patota ideológica: (ela sim merece) um belo funeral para idéias retrógradas: passado, uma questão de bom gosto, só., uma questão de bom gosto.., tão presente, o bom gosto de hoje –talvez confundido com bom senso – diz coisas do gênero: “não me conte essas histórias, não fale assim, pelamor, quem quer saber da violetinha que cresce faceira no quarto da filha morta...”, desabrocha, floresce: é primavera, as vozes se perdem, fogem de medo da verdade, de medo que se entendam: voz por voz, sabe-se: delas mesmas surge a crítica: a palavra de morte. Todos condenados: suspeitos culpados. A banalização do mal é pior que o próprio mal, alguém disse na tv, e sociólogos encontraram sentido nisso, trabalhando, conceituando, imprimindo teorias para dizer o que sentimos, [a resposta, porém, está em outra esfera retórica]: nós sentimos na carne, nas mãos, na boca... principalmente. Enchendo lingüística... ahhhhh, não tem necessidade de tamanha acrobacia mental, beeeee, a prova te dá cinco alternavas, ou´putz! quando não é di´screvê, ceeeee, deeeee, eeeeee, méeéeéeéeéeé, fala o cabritinho, vibrato total nele-agora: “minha gente, sou inocente; eu nunca precisei roubar, sempre fui rico!”. E nem essa desculpa o pobre monstro marinho pôde dar... – nós damos por ele e pelos iguais a ele, eles virão... se ele deixar; de qualquer maneira excelência, “obrigado!”. A todos aqueles que devemos agradecer, um muito obrigado: estou obrigado a retribuir a gentileza, muito obrigado àqueles que devemos agradecer, os mestres: eles ensinam bem, com toda a força (convencimento): há fusão de sentidos: sinestesia; há tempo de sobra (vamos crescer e aparecer): vitória parcial... mas esperem; um dia... quem sabe um dia... a batalha final: professores de vidas versus vivedores natos.