algo fora do lugar? deve ser o mendacium...

estaciono. digo ao guardador q darei o troco. sento no bar, tao-somente, para ver os carros passarem. o durva sempre me pega pelo desinteresse. ah, sim... a bebida gelada tb me diz algo. mais uma segunda-feira, mais uma cerveja sozinho, elucubrando a respeito d como sao as pessoas. tendo como fundamento mor minha própria pessoa, concluo q 1o) a inutilidade é uma trégua à vida moderna, 2o) que a estupidez faz com q tudo seja melhor do q parece ser, 3o) q a habilidade d tocar-se e d tocar é mais q um aprendizado, é uma via sem volta. eu sentado no bar, bebendo sozinho e pensando: a futilidade d uma face triste pode ser bela enquanto n há esquizofrenia no agir. já um pouco alto, finalmente, penso no essencial: todos sao iguais a mim! eu faço coisas mirabolantes sem nenhum propósito como, p. ex., esperar por alguém na sarjeta, apreciando as baratas do chao; mandar e-mail's inteligíveis para todos os meus casos mal resolvidos, esperando respostas cabais; faço festas pra mim mesmo, cantando e dançando ao som do meu próprio pulsar; vivo das 8:00 horas da manha até a meia-noite, desistindo das horas quebradas no relógio; navego através d uns e zeros atrás d um pouco d diversao, só pra ver se outro número aparece; enfim, faço o q todo mundo faz. isto me contenta e me satisfaz. volto pra casa. n dou o troco ao guardador pq estava d mal humor, mas principalmente pq fiquei cuidando eu mesmo do q é meu. tento falar com alguém ao chegar, mas sou rejeitado. e isto me faz lembrar o qto é valioso um abraço em horas d fim. sentei no escritório, buscando a palavra perfeita. entao, veio-me à cabeça o drummond. bunda era sua palavra preferida. admito logo, a procura é inútil. desisto. tento, entao, escrever sobre o meu feriado e as estripulias d sempre. igualmente impossível, estive morto por todo esse tempo, só agora descobri.